A BUGA numa cidade bike-friendly
Um pequeno contributo para a reflexão sobre cidades amigas da bicicleta.
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Um pequeno contributo para a reflexão sobre cidades amigas da bicicleta.
O meu amigo João Martins enviou-me o link deste estudo que refere que «Protected bike lanes really do increase biking» (Vox, 5/06/2014)
Esta é uma das questões que mais apaixonam os que se dedicam a reflectir sobre estas temáticas. Será que a adopção de pistas cicláveis é o caminho a seguir para aumentar o número de utilizadores de bicicleta nas cidades?
Defendo uma estratégia um pouco mais holística que passa por melhorar a infra-estrutura (repensar o desenho urbano, introduzir mais e melhor sinalização vertical e nos pavimentos; equacionar bem a introdução dos contextos segregados), reduzir a velocidade geral dos automobilizados (mais zonas 30, mais acalmia), educar o convívio entre ciclistas, utentes da infra-estrutura (peões, condutores), trabalhar com os reguladores da infra-estrutura (PSP, GNR e autarquias), fazer iniciativas que introduzam muitas bicicletas no «terreno de jogo» (sistemas colectivos de bicicletas, experimentação com grandes grupos), trabalhar com funções sociais e económicas da cidade para que passem a ser bike-friendly, estimular empreendedores para conceber novos produtos e serviços de apoio (por a economia a empurrar) e, sobretudo, fazer isto tudo ao mesmo tempo.
Ainda assim, acho que a estratégia tem de ser «context-dependent» e relembro que na Murtosa e na Gafanha onde mais se anda em bicicleta em Portugal as pistas não foram fundamentais. Mas uma coisa é trabalhar num contexto de 10-20% de quota modal ciclável (em concelhos da região de Aveiro) outra, bem diferente, é trabalhar num contexto de 0,5% (a média nacional).
Bicicletas ecológicas servem causas sociais (DN, 5/06/2014)