PENSAR O FUTURO DA ECONOMIA E DO PAÍS, A PARTIR DAS CIDADES
Uma outra forma de olhar a economia é reflectir sobre como se podem combinar melhor os seus «ingredientes» (empreendedores, empresas, actividades e conhecimento) para dar novas respostas aos desafios/problemas da sociedade.
A bela infografia do Expresso Economia (autoria de Paulo Buchinho) que se anexa acima ilustra bem o potencial das cidades para discutir essa combinação.
Num momento de algum esgotamento de modelos, talvez valha a pena pensar no potencial das cidades enquanto espaço de concentração de problemas e recursos, de geração de ideias e de procura de soluções. Mais do que o país ou as regiões, as cidades podem oferecer aos actores económicos (grandes, médios e pequenos) a escala adequada para compreender melhor a sociedade actual e suas necessidades como um todo (habitar, mover, trabalhar, lazer e cultura, alimentação, vestir) e gerar novos produtos e serviços.
Para o fazer talvez os actores económicos necessitem de partilhar uma visão de sociedade e um quadro de valores que vão para além da retórica do «crescimento» e que inclua uma nova ética sobre o valor da riqueza gerada.
A partir daí precisarão de novas fórmulas de partilha de riscos e benefícios, novos métodos de trabalho (cooperativo e de articulação sectorial), novos ingredientes (conhecimento), novos horizontes (mercados e clientes) e, por fim, de apoio para este novo caminho de experimentação assistida, que uma política pública inteligente certamente saberá oferecer.
Talvez este possa ser um caminho virtuoso para pensar o futuro da economia e do país!